terça-feira, dezembro 30, 2003




To celebrate a birthday on Monday would be a tragedy (Tuesday is much
better), but in this time of year weeks are not what we are used to anyway.
Most people are on holidays and have gone abroad or simply somewhere else,
so I am accustomed to not celebrating my birthday with too many people.

Today is just business as usual to me. Maybe I'll gather some
friends on Saturday, after the new years' celebration for I hate
co-celebrations. I already have some trouble trying not to be obfuscated by
he-who-claims-to-be-the-son-of-God's birthday let alone the closer birth of
the new year.

Celebrating a quarter of a century does put things in perspective.

Alexander, the Great was king by his 18th birthday and by the age of 21 he
was ruler of the world.

Either things have become slower to obtain or I'm just overdue.



-- assorted writings


segunda-feira, dezembro 29, 2003




Linus: I guess it's wrong always to be worrying about tomorrow. Maybe we should think only about today.

Charlie Brown: No, that's giving up. I'm still hoping that yesterday will get better.

quarta-feira, dezembro 10, 2003

Lei e Ordem



Este fim-de-semana, eu e um grupo de amigos, fomos agredidos por três indivíduos no Bairro Alto.

As perguntas que qualquer interlocutor sente necessidade de fazer após esta informação são, tipicamente: como é que isso aconteceu? (tentando perceber que tipo de eventos terão desencadeado a agressão) e estão todos bem? (como puro ritual social de contrafacção de interesse, muito no estilo do "Como está?" da Vodafone). Vou responder a estas e outras perguntas.

Os indivíduos não foram provocados. Não existe uma explicação razoável para a manifestação violenta. Tudo começou quando um dos perpetradores entornou cerveja sobre o grupo o que, naturalmente, causou reacções de espanto e alguma indignação, mas em momento nenhum houve agressividade, limitando-se a reacção verbal a um "Isso é um bocado chato!". A isto seguiu-se uma libertação incompreensível de violência que resultou em alguns traumatismos faciais e torácicos e provavelmente um traumatismo craneano ligeiro, provocado com uma pedra da calçada violentamente levada contra a cabeça de um dos lesados.

A polícia foi chamada ao local e 2 dos 3 indivíduos foram detidos e identificados.

Não vale a pena descrever o que se passou na esquadra, especialmente quando passado algumas horas os indivíduos foram libertados e tentaram voltar a entrar na esquadra para reincidir nas agressões. Tentativa essa repelida pelos 3 agentes presentes. Nem vale a pena referir que os autos de denúncia dos lesados e testemunhas demoraram mais de 7 horas a serem redigidos. Queria concentrar-me na discussão do que fazer após este incidente.

O crime de agressões físicas é semi-público, e cabe agora ao ministério público decidir se há matéria de facto e interesse em levar o caso a tribunal.

Que deve o Estado e os agentes judiciais, interessados, em última analise, na persecução da justiça, fazer?

A impunidade não serve a Justiça e encoraja a repetição deste tipo de incidentes. Se não houverem represálias, não é possível que o sistema de justiça assuma a sua função dissuasora. Por outro lado, a aplicação de uma pena de prisão tem efeitos criminógenos inegáveis, por muito que seja o carácter reeducativo da pena.

Eu, como lesado, não estou em condições para me pronunciar sobre o destino que se deveria dar a este caso. E mesmo que não fosse, penso que teria muita dificuldade em encontrar a pena justa e socialmente desejável.