Hoje cumpri um ritual que faz, cada vez mais, parte do ceremonial desta quadra do ano. Enviei a todos os meus amigos e colegas uma mensagem de Natal.
Singela nas palavras, a mensagem desejava a todos um Feliz Natal, qualquer que fosse o significado que cada um lhe atribuísse.
Muitos mostraram espanto por eu admitir que o Natal se tratava de uma noção polissémica. Com efeito, recebi algumas respostas que retorquiam que Natal tinha um único significado: o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (
Iesum Christum Dominum nostrum para os leitores do Vaticano).
No entanto, é já sobejamente sabido que este senhor Jesus (do Hebraico
Deus salva) Cristo (do Grego
Messias) nasceu efectivamente em data incerta e que este período do ano foi convencionado como data comemorativa por razões meramente logísticas (vide
O Natal dos Deuses Cristãos).
De resto, significados alternativos são bem conhecidos nos círculos politicamente correctos dos Estados Unidos que insistem em desejar
Happy Holidays em vez do tradicional
Merry Christmas por nesta altura também se celebrar o
Hannukah e o
Kwanza.
Para os cínicos, o Natal representa somente um excelente negócio para os comerciantes (facto incontestável) e para outros é simplesmente a altura mais deprimente do ano.
Para mim é uma excelente desculpa para depurar a agenda telefónica.