sexta-feira, março 30, 2007

Nós e a Europa

Ou serão os italianos e a Europa?

Afinal, os portugueses não são os únicos com complexos. E.. quem são os europeus já agora?

quarta-feira, março 28, 2007

Quem disse que a religião não era uma doença?







Note-se também o estranho espectáculo que resulta do facto de um jornalista se armar em antiséptico (e, com isso, levar a sério alguém que é indubitavelmente desequilibrado).

terça-feira, março 27, 2007

Energia atómica

Cor



Fazendo bibliografia ao estilo da UNITED COLORS OF BENETTON.

Diagnóstico



Algum botânico ou biólogo vegetal sabe dizer-me se as minhas flores estão mortas?

segunda-feira, março 26, 2007

Grandes Portugueses



Um programa ridículo com um desfecho patético.

quinta-feira, março 08, 2007

RNAzinhos

O que eu tenho estado a estudar ultimamente:



Quase tudo em biologia se pode explicar com esquemas deste género, e é fácil ficar-se com a impressão de que, interiorizando o esquema, se compreendeu todo o mecanismo.

Na realidade não é assim. Não só os esquemas são necessariamente simplificações daquilo que se sabe, mas também: não fazem, geralmente, distinção entre factos bem estabelecidos e especulações; omitem muitas vezes pormenores importantes para quem tem interesse em fazer um modelo formal do mecanismo; são ambíguos e, por vezes, certas ilustrações, devido a opções meramente estéticas, acabam por induzir o leitor em erro.

Mas ficam sempre muito bem em artigos e apresentações. :-)

segunda-feira, março 05, 2007

Salut Lyon



Je suis en France depuis janvier et je n'ai pas eu accès internet avant la semaine dernière. Sinon, je suis déjà bien installé et je pourrai bientôt reprendre les posts ici.

À toute..

terça-feira, outubro 17, 2006

Logopenia




Temo que o título deste blog induza os seus leitores (hipotéticos) num escandaloso equívoco. Ao invés de ser um exercício logorreico, tem sido sistematicamente um exemplo de logopenia crónica.

Este deserto de ideias, esta desídia literária é, em parte, justificada por algum excesso de trabalho a par de alguma indisponibilidade intelectual. Finda que está a silly season é importante que as intervenções que aqui ofereça a uma audiência imaginária versem sobre assuntos sérios. E assuntos sérios não é coisa fácil de tratar. A honestidade intelectual exige que um assunto sério seja tratado com a profundidade devida e com a adequada ponderação. Mas num mundo de sumários executivos, de sinopses e de take home messages não há espaço (tempo, melhor dizendo) para tratar estas graves matérias com avisada atenção.

Estamos, assim, nas nossas interacções hodiernas, condenados a vislumbres, a explorações superficiais da miríade de temas que competem pela nossa atenção. A consequência imediata deste estado de coisas é que no nosso mundo de tempo escasso o mais importante é o não-dito, o deduzido e o reconstruído. E por isso o leitor tem agora responsabilidades acrescidas. Não havendo oportunidade para dizer tudo, terá o leitor de explorar as ramificações da mensagem meramente delineada. Por tudo isto, abundam neste mundo os equívocos e os trejeitos pós-modernos. Por tudo isto se ouve no Telejornal que "o futebolista vai ser operado ao calcanhar de Aquiles", ou um personagem de Telenovela balbuceando "Estás tramado, descobri o teu tendão de Aquiles!". Por tudo isto, vivemos num estado de ignorância pasmada.

quarta-feira, julho 05, 2006



Quae moerebat et dolebat,
Et tremebat cum videbat
Nati poenas incliti

domingo, junho 11, 2006




Una voce poco fa
qui nel cor mi risuono';
il mio cor ferito e' gia',
e Lindor fu che il piago'.
Si', Lindoro mio sara';
lo giurai, la vincero'.
Il tutor ricusera',
io l'ingegno aguzzero'.
Alla fin s'acchetera'
e contenta io restero'
Si', Lindoro mio sara';
lo giurai, la vincero'.
Io sono docile, son rispettosa,
sono obbediente, dolce, amorosa;
mi lascio reggere, mi fo guidar.
Ma se mi toccano dov'e' il mio debole
saro' una vipera e cento trappole
prima di cedere faro' giocar.


in Il barbiere di Siviglia, G. Rossini (1816)



Deh, vieni alla finestra, o mio tesoro,
Deh, vieni a consolar il pianto mio.
Se neghi a me di dar qualche ristoro,
Davanti agli occhi tuoi morir vogl'io!
Tu ch'hai la bocca dolce più del miele,
Tu che il zucchero porti in mezzo al core!
Non esser, gioia mia, con me crudele!
Lasciati almen veder, mio bell'amore!


in Don Giovanni o l'empio punito, W. A. Mozart (1787)

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Brokeback Mountain





O último filme de Ang Lee tem vindo a chamar as atenções nos últimos tempos. E não era para menos: há meses que só se ouvia falar de um filme de "cowboys gays". Todo este hype causa, geralmente, alguma desconfiança.

O filme revelou-se, no entanto, uma obra-prima de extrema sensibilidade. O epíteto de filme sobre "cowboys gays" é injusto e redutor. É antes uma históra sobre um relação complexa entre dois homens que nutrem um pelo outro sentimentos proibidos tanto pela moralidade da época como pelos seus próprios preconceitos. Não me alongarei muito sobre o filme e revelarei muito pouco acerca da história porque penso que quem ainda não viu deve deixar-se envolver pelo filme sem ser guiado por nenhuma interpretação que eu ofereça aqui. Se o leitor não viu ainda o filme o melhor é mesmo nem sequer ler este post.

Ennis del Mar é um homem simples e de poucas palavras que é interpretado brilhantemente por Heath Ledger. No Verão de 1963 aceita um trabalho de pastoreio na montanha Brokeback com Jack Twist (Jake Gyllenhaal). Aí surge inevitável mas inesperadamente uma paixão entre os dois homens que ambos não compreendem totalmente.

O regresso repentino da montanha que interrompe a construção da relação entre os dois é um prelúdio para o que serão as décadas seguintes e desencadeia aquilo que é o primeiro sinal da batalha interior de Ennis, perseguido por uma visão traumática de infância em que um homem (também cowboy) terá sido linchado por viver num rancho com outro.

Ambos acabam por casar e ter filhos e reencontram-se apenas volvidos 4 anos. A partir daí segue-se uma vida monótona e dolorosa pontuada apenas por algumas idas à montanha que se transforma numa espécie de santuário onde podem fugazmente viver a vida que de outro modo lhes era negada (ou que se negavam).

O filme segue o ponto de vista de Ennis e, por isso, é também lacónico e profundamente sensível. As deixas são escassas porque são os silêncios que carregam o subtexto do filme.

Não é um filme intelectual com grandes lucubrações sobre a condição dos dois homens, é antes um testemunho de uma história trágica. A escassez dos diálogos obriga-nos a vestir a pele dos personagens e a partilhar a sua tragédia.

As relações dos dois homens com as respectivas mulheres, elas também vítimas, são honestas mas muito incompletas. O filme evita os rótulos que, de outro modo, seriam inadequados à época e ao contexto em que a história se passa. Os dois homens não compreendem totalmente o que sentem e, por isso, não poderiam nunca ter comportamentos nem atitudes lineares e que hodiernamente são identificadas como gay. Não existem propriamente maus da fita, o filme retrata sobretudo o conflito dos personagens consigo mesmos e com os outros (reais ou imaginados). Não é um filme panfletário e talvez por isso tenha frustrado a comunidade gay mais militante. É um filme que consegue contar uma história de amor sem ser um melodrama e também sem ser asséptico. O facto de isto ter sido possível com um tema homossexual é provavelmente o melhor serviço que Ang Lee poderia fazer ao movimento gay.

A banda sonora carregada de pathos serve genialmente as poucas cenas em que é utilizada. As muito discutidas cenas eróticas (homo e hetero) são feitas com muito bom gosto e são essenciais para transmitir as evidentes diferenças, por um lado, entre o carácter da relação de Ennis com Jack e com a sua mulher e, por outro, a confusão de violência e carinho com que Ennis encara Jack.

As cenas finais são carregadas de um simbolismo e de uma força emotiva arrebatadoras. Uma lição de vida sem ser moralista, eis o que Ang Lee conseguiu. Neste filme está encarnada uma reflexão dolorosamente emotiva sobre a coragem para ser feliz.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Andam todos distraídos



Realizaram-se hoje eleições presidenciais.

Nos últimos dias tenho ouvido várias pessoas vaticinarem o fim da liberdade em Portugal. Não estando em curso nenhuma tentativa de golpe de Estado não entendo, sinceramente, ao que estas pessoas se vêm referindo.

Isto é tanto mais estranho quanto o facto de vários militantes do Partido Socialista, próximos da candidatura de Manuel Alegre, serem alguns dos mais sonoros arautos desta tese do fim da Democracia em Portugal.

Não só hoje se concluiu uma eleição democrática dentro da mais pacata das normalidades como em São Bento persiste uma maioria socialista também eleita democraticamente.

Advogar que estamos perante o fim de todas as liberdades só porque ganhou um candidato que não se apoia é uma manifestação de uma profunda falta de espírito democrático. Se não se acredita num sistema democrático então que se assuma, de uma vez por todas, que se prefere um outro modo de eleição. Quem sabe.. voto censitário? sistema de partido único?

Por outro lado, parece ter escapado a estas pessoas o facto elementar de que quem conduz a política em Portugal é o Governo. Não cabe dentro das competências do Presidente da República definir políticas e muito menos restringir liberdades.

Poderíamos discutir o mérito do Presidente eleito no âmbito do exercício dos poderes presidenciais. Mas neste momento, se somos verdadeiros democratas, temos de aceitar a decisão do eleitorado ou então propor um sistema político diverso em que os órgãos de soberania não sejam escolhidos escutando o Povo que, a ouvir certas pessoas, parece tão pouco apto a tomar este tipo de decisões. Não se pode é reclamar ser o bastião das liberdades e simultaneamente escamotear uma das liberdades essenciais - a liberdade de voto.

Eu não estou entusiasmado com o resultado desta eleição e não estaria qualquer que fosse o resultado. Assim como não sou um especial entusiasta do sistema democrático, muitas vezes designado como o menos mau dos sistemas políticos. Simplesmente acho que a chantagem demagógica não deve ser uma arma política e não compreendo como é possível conviver com tal dissonância cognitiva.

Em todo o caso, a participação democrática não se esgota com o exercício do direito de voto. Um mandato eleitoral não é um cheque em branco e, apesar de não haver nenhum mecanismo constitucional para a destituição de um Presidente da República, a opinião pública e o direito de manifestação são formas eficazes de participação na vida cívica. (Não esquencedo as formas não constitucionais de destituição, que me abstenho de mencionar)

A falácia em todo este discurso está patente num detalhe subtil e reside no facto de haver uma linha ténue separando uma Democracia de uma Ditadura da maioria. Num sistema político em que virtualmente todo o poder resulta da expressão de uma maioria há poucas oportunidades para instituir um espaço de liberdade para todos. Estamos permanentemente reféns de políticos que saibam cativar multidões para depois governar de modo a garantir a felicidade de todos, mesmo que com a oposição pontual da maior parte. Nas raras ocasiões em que uma pessoa concentra estas duas capacidades a Democracia justifica-se e emerge como o mais nobre dos sistemas.

A frustração daqueles que hoje dizem que a Liberdade morreu em Portugal é, enfim, uma frustração em relação às fragilidades do sistema democrático. A solução, que é já sabida de muitos é manipular educar o Povo, i.e., dar-lhe instrumentos para que possa, de forma informada e consciente, tomar as melhores decisões para todos e cada um dos cidadãos.

domingo, dezembro 25, 2005

Um aniversário importante



Hoje é um dia especial. Há 362 anos nasceu Isaac Newton. Era tão pequeno quando nasceu que a mãe temeu que não sobrevivesse.

Revolucionou a ciência, unificando o céu e a terra com a sua mecânica. Resolveu inúmeros problemas abertos em Física e Matemática. É talvez o físico mais conhecido de sempre.

Tanto quanto se sabe morreu virgem, mas deixou ao mundo um legado preciosíssimo.

sábado, dezembro 24, 2005

O Natal

Hoje cumpri um ritual que faz, cada vez mais, parte do ceremonial desta quadra do ano. Enviei a todos os meus amigos e colegas uma mensagem de Natal.

Singela nas palavras, a mensagem desejava a todos um Feliz Natal, qualquer que fosse o significado que cada um lhe atribuísse.

Muitos mostraram espanto por eu admitir que o Natal se tratava de uma noção polissémica. Com efeito, recebi algumas respostas que retorquiam que Natal tinha um único significado: o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (Iesum Christum Dominum nostrum para os leitores do Vaticano).

No entanto, é já sobejamente sabido que este senhor Jesus (do Hebraico Deus salva) Cristo (do Grego Messias) nasceu efectivamente em data incerta e que este período do ano foi convencionado como data comemorativa por razões meramente logísticas (vide O Natal dos Deuses Cristãos).

De resto, significados alternativos são bem conhecidos nos círculos politicamente correctos dos Estados Unidos que insistem em desejar Happy Holidays em vez do tradicional Merry Christmas por nesta altura também se celebrar o Hannukah e o Kwanza.

Para os cínicos, o Natal representa somente um excelente negócio para os comerciantes (facto incontestável) e para outros é simplesmente a altura mais deprimente do ano.

Para mim é uma excelente desculpa para depurar a agenda telefónica.

domingo, novembro 13, 2005

Moi, MSc



Concluí as provas de mestrado no dia 11 de Novembro. Incidentalmente, o fim da minha vida de licenciado não foi a única mudança que se operou na minha vida nos tempos recentes.

Não vou dignificar essas mudanças com uma menção neste blog. Vou apenas dizer que há dois tipos de pessoas no mundo: aquelas que honram a lealdade e que pensam nas ramificações dos seus comportamentos a um horizonte mais longínquo do que os próximos 5 dias e aquelas que, pelo contrário, justificam o seu comportamento por uma atitude hedonista pseudo-racionalista.

Dirão alguns que o ser humano é mesmo assim. Talhado para servir os seus interesses imediatos irá perseguir a sua "felicidade" independentemente do impacto que isso tenha nos outros. Aqueles cujo cinismo já cristalizou uma atitude que vê as emoções humanas como uma terrível manifestação de fraqueza não terá dificuldade em aderir a esta tese. Outros, como eu, que ainda não renunciaram ao seu direito de sentir não deixam de ficar perplexos perante a crueldade da libido que obfusca mentes e que desencadeia um sem-número de racionalizações cujo propósito não é outro senão a tentativa de encontrar uma absolvição para a ditadura do corpo.

Acabei o mestrado e deixei para trás dois pilares que ninguém suspeitava serem ocos e ameaçarem ruir ao primeiro estremecimento.

Acabei o mestrado e sinto-me órfão.

Mas há tantas pessoas no mundo...

quarta-feira, julho 13, 2005

Até que a morte nos separe



O registo histórico mostra que desde sempre os seres humanos têm estabelecido binómios onde homem e mulher se unem numa relação privilegiada para proveito mútuo tendo em vista a criação de um seio familiar que possa suportar uma prole tão extensa quanto possível.

Mesmo em sociedades que sancionam a poligamia (que se traduz quase exclusivamente em poliginia) existe um binómio privilegiado.

Não é estranho, portanto, que as religiões tenham acomodado este facto incontornável na sua doutrina moral e no seu cerimonial.

As conquistas civilizacionais dos últimos séculos têm permitido, no entanto, a construção de um espaço de liberdade individual onde cada cidadão tem podido encontrar, cada vez mais, o seu próprio caminho para a felicidade e bem-estar.

Os Estados modernos têm, assim, enfrentado o desafio de garantir esta amplitude de direitos e simultaneamente garantir um sistema de valores coerente que permita identificar os tipos de comportamento compatíveis com a vida em sociedade.

Ao fazê-lo, o Estado moderno está efectivamente a chamar a si aquilo que fora até recentemente o papel das religiões organizadas. Não é estranho, portanto, verificar que as primeiras civilizações eram efectivamente teocráticas. Este novo papel do Estado, que adquire laicidade à medida que confere aos seus cidadãos amplas liberdades de culto e de consciência, vai necessariamente apropriar-se do acervo ético e moral das religiões predominantes porque estas manifestam aquelas que foram até então as regras de conduta aceites mais ou menos zelosamente por todos. Daí em diante, cada ditame moral, entretanto transformado em norma legal, deve ser submetido a um escrutínio cuidado de modo a aferir se subsiste como mera prescripção gratuita ou herança cultural dogmática ou se, pelo contrário, pretende efectivamente acautelar legítimos direitos e aspirações sociais.

Dito isto, cabe agora analisar aquilo que subsiste na nossa ordem jurídica como noção de casamento.

A união de duas pessoas, antes de todas as suas conotações religiosas ou legais, é algo eminentemente humano e anterior ao Estado e a qualquer confissão religiosa.

Ao Estado cabe apenas enquadrar aquilo que são as aspirações de cada casal, designadamente no que diz respeito à vida em comum, à partilha em vida e à sucessão na morte.

Por que razão não deverá o Estado, então, conceder os mesmos direitos às uniões entre cidadãos, mesmo que estas não encontrem paralelo naquilo que é ditado pelas religiões predominantes? Estamos a falar, claro está, do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Por que razão pessoas que nascem e que manifestam desde cedo um apelo inexorável por pessoas do mesmo sexo não deverão poder gozar do mesmo tipo de sanção legal ao seu compromisso mútuo? Esta alteração da ordem legal não conseguiria mais do que ampliar os direitos e as oportunidades de busca de felicidade destes cidadãos cuja dignidade social e igualdade perante a lei é garantida virtualmente por todas as declarações de direitos modernas. Uma resistência a esta mudança só pode ser entendida no contexto de uma deficiente separação entre as Igrejas e o Estado.

Para aqueles cuja inspiração moral se confunde com uma noção de "naturalidade" pode ainda acrescentar-se que não são raros os exemplos de animais que estabelecem autênticos casais homossexuais em tudo semelhantes aos seus congéneres heterossexuais exceptuando, claro está, a capacidade reprodutiva. No entanto, experiências conduzidas por zoólogos em pinguins demonstram que quando casais homossexuais são dados a criar crias oriundas de parelhas heterossexuais tratam de cuidar delas com um empenho em tudo semelhante ao dos seus progenitores.

Se fosse necessário acrescentar mais alguma coisa, poderia dizer-se que o fenómeno da homossexualidade não é algo inédito nas sociedades humanas e que encontra várias manifestações em todas as épocas e em todas as sociedades. Não se trata, portanto, de um produto da sociedade moderna. Mas, efectivamente, só as recentes conquistas civilizacionais estão em condições de permitir a estas pessoas um exercício pleno das suas cidadanias e dos seus afectos, sob protecção legal e indo ao encontro das suas legítimas aspirações.


Por que esperamos?